terça-feira, 15 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
5 minutos
Preciso de uma queda tão livre,
que me faça cair pela eternidade,
Até eu decidir que a imortalidade passional demais,
não é pra mim não.
Só que o que eu consigo,
é esse aperto no tempo e espaço.
É esse aperto no coração.
Só pra mais uma vez,
nessa nada sutil insistência,
me mostrar que como todos,
eu tenho um.
E daí ??
Eu lá pedi um ?!
Não quero.
Já disse que veio com defeito.
Querer certificar de que o mundo está bem,
é quase tão difícil quanto conformar-se que não é bem assim.
ai mundo.
ai sofia.
toma jeito, toma jeito. E faz aquilo que sabe!
Não inventa moda,
enquanto a tua ainda lhe serve!
Todas unhas um dia são roídas.
Independente se você é um rato, ou um homem.
Essas armas na mão.
Tal como uma roleta russa com todas as letras.
Tristeza, porque poderia ser assim.
que me faça cair pela eternidade,
Até eu decidir que a imortalidade passional demais,
não é pra mim não.
Só que o que eu consigo,
é esse aperto no tempo e espaço.
É esse aperto no coração.
Só pra mais uma vez,
nessa nada sutil insistência,
me mostrar que como todos,
eu tenho um.
E daí ??
Eu lá pedi um ?!
Não quero.
Já disse que veio com defeito.
Querer certificar de que o mundo está bem,
é quase tão difícil quanto conformar-se que não é bem assim.
ai mundo.
ai sofia.
toma jeito, toma jeito. E faz aquilo que sabe!
Não inventa moda,
enquanto a tua ainda lhe serve!
Todas unhas um dia são roídas.
Independente se você é um rato, ou um homem.
Essas armas na mão.
Tal como uma roleta russa com todas as letras.
Tristeza, porque poderia ser assim.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
dor de cabeça
Queria então esse peso mais leve;
Que tomasse meu corpo,
e ali comigo ficasse.
Por um tempinho bem curto,
só pra saudade lembrar-me,
que o pesar de si mesmo era só pouco caso.
Mas no fim, que surpresa!
Recebi um convite, daqui ao receio.
Como quem pede demais, e não corre atrás.
Tive a notícia do acaso que me acolheu:
meu coração perdeu-se no escuro,
e minha alma, vazia encolheu.
Que tomasse meu corpo,
e ali comigo ficasse.
Por um tempinho bem curto,
só pra saudade lembrar-me,
que o pesar de si mesmo era só pouco caso.
Mas no fim, que surpresa!
Recebi um convite, daqui ao receio.
Como quem pede demais, e não corre atrás.
Tive a notícia do acaso que me acolheu:
meu coração perdeu-se no escuro,
e minha alma, vazia encolheu.
sábado, 28 de novembro de 2009
vagarosa, me espreguiço
é que assim,
nesse jeitinho,
de ladinho me aconchego,
pra descansar os olhos vagos,
de quem espera pelo sono,
quero sonhar com o que me guarda,
e mais nada além disso,
pra acordar sobrando tempo,
pois vagarosa, me espreguiço.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
três terços.
Então, que tinha esse velhinho e essa velhinha.
Por mais que eu passasse todos os dias pelo mesmo caminho que eles,
nada que o costume me tentasse,
faria com que eu me acostumasse.
Eram dois velhinhos com um cômodo pra morar.
Quem quer que seja que vivesse por perto, podia até não querer enxergar,
mas ela não deveria ter de por tanta roupa no varal.
E ele não deveria ter que pregar aquelas tábuas.
Eram só dois velhinhos.
E ainda bem que tinham um ao outro.
Até que o velhinho morreu.
E a velhinha ficou sem irmão.
E foi pro asilo, onde não teria família, mas não teria um varal.
Se ela perdeu o motivo pra viver já não sei.
Se ela ganhou uma razão pra descansar, também não sei.
Mas acho que ela morreu um pouquinho quando perdeu uma parte que já era dela.
E eu morri, junto com ela.
Por mais que não fosse meu irmão,
por mais que não fosse parte de mim.
Acho que no final, quem fazia parte dela,
era eu.
Por mais que eu passasse todos os dias pelo mesmo caminho que eles,
nada que o costume me tentasse,
faria com que eu me acostumasse.
Eram dois velhinhos com um cômodo pra morar.
Quem quer que seja que vivesse por perto, podia até não querer enxergar,
mas ela não deveria ter de por tanta roupa no varal.
E ele não deveria ter que pregar aquelas tábuas.
Eram só dois velhinhos.
E ainda bem que tinham um ao outro.
Até que o velhinho morreu.
E a velhinha ficou sem irmão.
E foi pro asilo, onde não teria família, mas não teria um varal.
Se ela perdeu o motivo pra viver já não sei.
Se ela ganhou uma razão pra descansar, também não sei.
Mas acho que ela morreu um pouquinho quando perdeu uma parte que já era dela.
E eu morri, junto com ela.
Por mais que não fosse meu irmão,
por mais que não fosse parte de mim.
Acho que no final, quem fazia parte dela,
era eu.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Se você for viajar algum dia por esse mundão :
leve comida, e leve bastante.
leve coberta, e leve gente.
leve doces, mas não banalize.
leve conforto, e não muito dinheiro.
leve um livro, e espaço para mais.
leve crochê, e tempo pra aprender.
leve panelas, e deixe o medo pra trás.
leve celular, mas cancele sua conta.
leve música, e não fique sem ela.
leve música, mas não viva só dela.
leve roupas, mas não desfile.
leve pijamas, se for preciso.
leve pente, por favor.
leve grampos, elásticos e fita dupla-face.
leve dicionário, e use pouco.
leve tênis, mas confortáveis.
e havaianas, as originais.
leve voz, pra cantar e falar sozinho.
leve protetor solar.
leve óculos de sol, mas de verdade.
leve lápis, e milhões de papéis.
leve vida, mas traga de volta.
leve cultura, e deixe um pouco por lá.
leve relógio, mas não dependa dele.
leve sal, pra salmora pros pés.
leve água, compre água, beba água.
leve ar, pra respirar.
leve coberta, e leve gente.
leve doces, mas não banalize.
leve conforto, e não muito dinheiro.
leve um livro, e espaço para mais.
leve crochê, e tempo pra aprender.
leve panelas, e deixe o medo pra trás.
leve celular, mas cancele sua conta.
leve música, e não fique sem ela.
leve música, mas não viva só dela.
leve roupas, mas não desfile.
leve pijamas, se for preciso.
leve pente, por favor.
leve grampos, elásticos e fita dupla-face.
leve dicionário, e use pouco.
leve tênis, mas confortáveis.
e havaianas, as originais.
leve voz, pra cantar e falar sozinho.
leve protetor solar.
leve óculos de sol, mas de verdade.
leve lápis, e milhões de papéis.
leve vida, mas traga de volta.
leve cultura, e deixe um pouco por lá.
leve relógio, mas não dependa dele.
leve sal, pra salmora pros pés.
leve água, compre água, beba água.
leve ar, pra respirar.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
rd.
Surpresa a si mesmo,
é saber que aquilo que parece tão irreal aos outros,
faz-se assim aos seus olhos também.
É saber que a solidão que remetia apenas a ti,
te traz mais junto ao que então te deixou.
Mais como um abraço por escrito.
Menos que uma carta de amor.
é saber que aquilo que parece tão irreal aos outros,
faz-se assim aos seus olhos também.
É saber que a solidão que remetia apenas a ti,
te traz mais junto ao que então te deixou.
Mais como um abraço por escrito.
Menos que uma carta de amor.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Deitar e dormir.
Boca levemente voltada pra baixo.
Peso sustentando por dois ombros.
Outro peso sustentado pelos mesmos ombros.
Olhar voltado para algo que não se encontra a sua frente.
Respiração descompassada.
Coração cansado.
Sentimento de desistência, esperando pela reação contrária.
Esperança da música, que não virá.
Empurrão irresponsável do tempo que devia ser aproveitado.
Ponteiros imaginários gozando da paciência.
Ar expulso com força do próprio corpo.
Deitar.
E dormir.
Peso sustentando por dois ombros.
Outro peso sustentado pelos mesmos ombros.
Olhar voltado para algo que não se encontra a sua frente.
Respiração descompassada.
Coração cansado.
Sentimento de desistência, esperando pela reação contrária.
Esperança da música, que não virá.
Empurrão irresponsável do tempo que devia ser aproveitado.
Ponteiros imaginários gozando da paciência.
Ar expulso com força do próprio corpo.
Deitar.
E dormir.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
E assim vai
Sabe olhar a fundo a vida,
aquele sóbrio de que ela muda.
Que ela anda.
Que ela passa.
Descaso ao drama, e a saudade.
E assim vai;
A culpa é do tempo,
que carrega as horas quando bem entender.
A culpa é minha, que uso relógio.
E a culpa é dele, que sabe bem disso.
aquele sóbrio de que ela muda.
Que ela anda.
Que ela passa.
Descaso ao drama, e a saudade.
E assim vai;
A culpa é do tempo,
que carrega as horas quando bem entender.
A culpa é minha, que uso relógio.
E a culpa é dele, que sabe bem disso.
domingo, 25 de outubro de 2009
cigana hoy
Eis que sabem que tanto faz,
que tanto fez,
tanto fará.
Então,
olha no relógio e se imagina não-ela,
outra pessoa,
mais importante.
Veja,
que a vida é tanta,
que o dia é tanto,
e o tédio é tanto.
Veja,
que a vida é curta,
se o dia é curto,
e o tédio inútil.
Somente abriu o livro.
por saber que as páginas eram um apoio.
Daquele que não te deixa.
Ou deixará.
Observa a sua janela.
Até as 5, esquece. O sol precisa se pôr.
Aceitou, como uma mentirosa.
que tanto fez,
tanto fará.
Então,
olha no relógio e se imagina não-ela,
outra pessoa,
mais importante.
Veja,
que a vida é tanta,
que o dia é tanto,
e o tédio é tanto.
Veja,
que a vida é curta,
se o dia é curto,
e o tédio inútil.
Somente abriu o livro.
por saber que as páginas eram um apoio.
Daquele que não te deixa.
Ou deixará.
Observa a sua janela.
Até as 5, esquece. O sol precisa se pôr.
Aceitou, como uma mentirosa.
sábado, 24 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
cuitelinho
É leve,
às vezes pesa,
mas a pluma tende a voar.
Sinto um aperto, que torce os dedos,
as fibras,
os olhos,
o coração.
É tanta besteira,
é tanto vazio,
que a explicação já não cabe mais,
por ser assim tão incerto o caminho,
e deixar tão perdido em lugar nenhum.
Vejo uma fresta,
mais ou menos futura,
abrir-se de leve, numa fina tortura,
chamando a mim, que cega apenas de um lado,
como quem me mostra a solução por partes.
Aí penso de novo,
para o meu bem e só meu,
que a linha tênue,
eu exagero demais.
Preciso parar e escutar minhas letras,
que o teclado sugere respirar,
para que, esperando assim,
eu consiga ouvir a sugestão da minha paz.
às vezes pesa,
mas a pluma tende a voar.
Sinto um aperto, que torce os dedos,
as fibras,
os olhos,
o coração.
É tanta besteira,
é tanto vazio,
que a explicação já não cabe mais,
por ser assim tão incerto o caminho,
e deixar tão perdido em lugar nenhum.
Vejo uma fresta,
mais ou menos futura,
abrir-se de leve, numa fina tortura,
chamando a mim, que cega apenas de um lado,
como quem me mostra a solução por partes.
Aí penso de novo,
para o meu bem e só meu,
que a linha tênue,
eu exagero demais.
Preciso parar e escutar minhas letras,
que o teclado sugere respirar,
para que, esperando assim,
eu consiga ouvir a sugestão da minha paz.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
tempo espaço
tec tec tec tec tec tec tec tec tec tic tec tic tec tec tec tic f5 tec tic tec tic tic tec tic tac tec tic tac tic tac tec tic tec tic tac f5 tic tac tic tac tic tac tic
sou eu digitando no computador na esperança de que o tempo passe mais rápido.
sou eu digitando no computador na esperança de que o tempo passe mais rápido.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
a elegância do ouriço
Me deparei com uma pergunta, que nunca tinha feito - creio eu, ao menos não com a mesma intensidade e lucidez sobre a existência desta - a mim mesma e que me põe de frente para o que considero questões filosóficas importantes.
Eñtão, a questão é: Sendo a morte, morta como outra qualquer, como podemos equivalar a morte de um ser humano, ou animal, a de uma planta?
Não querendo desmerecê-la, ou arrancar qualquer sombra de vida da planta - que não tem nada a ver com isso - mas, seria algo igual?
Morta igual, ok.
Sofridão, esperança, noção, a-vida-passando-diante-dos-seus-olhos...igual?
Acho que, reclusa enquanto ser humano, vertebrada, dotada da capacidade de me mover enquando não morta - logo, afastada da condição equivalente ao vegetal - sentindo, respirando, e sabendo do ar que entra e sai do meu corpo, vejo-me por quase uma questão de ética, inferior à condição de resposta para a pergunta.
Pois quem é planta é ela, não eu.
Não posso simplesmente querer entender o processo da nossa morte, enquanto consciente apenas do modo como eu vivo.
Ela vive também.
Então pronto.
Vamos nos ater apenas aquilo que sabemos.
Ou achamos que sim.
Eñtão, a questão é: Sendo a morte, morta como outra qualquer, como podemos equivalar a morte de um ser humano, ou animal, a de uma planta?
Não querendo desmerecê-la, ou arrancar qualquer sombra de vida da planta - que não tem nada a ver com isso - mas, seria algo igual?
Morta igual, ok.
Sofridão, esperança, noção, a-vida-passando-diante-dos-seus-olhos...igual?
Acho que, reclusa enquanto ser humano, vertebrada, dotada da capacidade de me mover enquando não morta - logo, afastada da condição equivalente ao vegetal - sentindo, respirando, e sabendo do ar que entra e sai do meu corpo, vejo-me por quase uma questão de ética, inferior à condição de resposta para a pergunta.
Pois quem é planta é ela, não eu.
Não posso simplesmente querer entender o processo da nossa morte, enquanto consciente apenas do modo como eu vivo.
Ela vive também.
Então pronto.
Vamos nos ater apenas aquilo que sabemos.
Ou achamos que sim.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Segue o seco.
Era o dia bem vivido,
e a noite bem dormida,
que faziam toda diferença quando voltava pra cama.
Queria entender a diferença,
entre poder simplesmente voltar algum dia,
para lugar nenhum,
ou não sair deste quando o despertador tocasse.
Sentia que fugir não faria sentido,
já que todos os dias chovem ao seu redor.
(Já que todos os dias chovem ao seu redor,
e nunca há telhados suficientes).
Contava então nos dedos,
o momento do qual começaria um novo sol.
O momento em que o relógio começaria de novo,
ou que pararia uma pouco de correr.
E assim quem sabe, deixaria de ligar para nuvem que ameaçava lá fora,
ou pro pingo de chuva que já aprontava a cair.
Deixe que chova,
em tempo aberto.
Secar mesmo,
é fato.
e a noite bem dormida,
que faziam toda diferença quando voltava pra cama.
Queria entender a diferença,
entre poder simplesmente voltar algum dia,
para lugar nenhum,
ou não sair deste quando o despertador tocasse.
Sentia que fugir não faria sentido,
já que todos os dias chovem ao seu redor.
(Já que todos os dias chovem ao seu redor,
e nunca há telhados suficientes).
Contava então nos dedos,
o momento do qual começaria um novo sol.
O momento em que o relógio começaria de novo,
ou que pararia uma pouco de correr.
E assim quem sabe, deixaria de ligar para nuvem que ameaçava lá fora,
ou pro pingo de chuva que já aprontava a cair.
Deixe que chova,
em tempo aberto.
Secar mesmo,
é fato.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
prefácio
Leu a última frase da página e fechou o livro como quem não aguentaria ler mais.
Sabia porém, que voltaria àquele livro,
alguma hora,
alguma vez,
algum dia.
E o próximo capítulo estava lá,
aguardando ansiosamente para ser lido,
e quem sabe causar-lhe uma melhor impressão.
Mas não, não agora.
Só no outro dia.
Só em outra hora.
E mesmo que dado o nó na linha,
a última frase ainda se estendia,
pedindo por alguém que a entendesse,
quase que querendo se criar sozinha.
E por mais que relutassem,
se criava.
Hora após hora.
Minuto após minuto.
Esquecendo o começo chegando ao final,
e cada momento, ficando mais curto.
Sabia porém, que voltaria àquele livro,
alguma hora,
alguma vez,
algum dia.
E o próximo capítulo estava lá,
aguardando ansiosamente para ser lido,
e quem sabe causar-lhe uma melhor impressão.
Mas não, não agora.
Só no outro dia.
Só em outra hora.
E mesmo que dado o nó na linha,
a última frase ainda se estendia,
pedindo por alguém que a entendesse,
quase que querendo se criar sozinha.
E por mais que relutassem,
se criava.
Hora após hora.
Minuto após minuto.
Esquecendo o começo chegando ao final,
e cada momento, ficando mais curto.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
paixão sem fim :)
levado pelo moinho,era como se fosse só uma folha,
que voando enquanto o vento ainda tinha seu valor,
perpassasse os olhos por cima achando tudo aquilo muito estranho.
mas vivia assim,
tomada pela alegria acometida no momento,
sabendo que iria acabar.
e se ia mesmo,
dava entrada pra outra...
e é assim que deve ser:
felicidade sempre que preciso.sempre que possível.
que voando enquanto o vento ainda tinha seu valor,
perpassasse os olhos por cima achando tudo aquilo muito estranho.
mas vivia assim,
tomada pela alegria acometida no momento,
sabendo que iria acabar.
e se ia mesmo,
dava entrada pra outra...
e é assim que deve ser:
felicidade sempre que preciso.sempre que possível.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
o deque.
São os minutos que passam,
na desilusão da minha dança,
que tão empilhados de silêncio,
me forçam as palavras que vêm a mais.
Recusam-se a chegar na hora,
pois sinto as letras tão carregadas,
ao esperar do lápis, escorregadas,
e do ponto preto, construo o cais.
Sofro assim, sem ter paradas,
só por esperar tua perfeição,
a que vem com o passar do tempo,
e a que vai embora com a razão.
Pois então, tenho meu momento,
de concluir o que não há,
nem porque,
nem quando,
nem onde,
definir a nós, o que será.
na desilusão da minha dança,
que tão empilhados de silêncio,
me forçam as palavras que vêm a mais.
Recusam-se a chegar na hora,
pois sinto as letras tão carregadas,
ao esperar do lápis, escorregadas,
e do ponto preto, construo o cais.
Sofro assim, sem ter paradas,
só por esperar tua perfeição,
a que vem com o passar do tempo,
e a que vai embora com a razão.
Pois então, tenho meu momento,
de concluir o que não há,
nem porque,
nem quando,
nem onde,
definir a nós, o que será.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
swim with me
Sabe o que seria um desperdício?
Não prender a respiração debaixo d'água.
Pois toda vez que puxar oxigênio,
pode mergulhar um pouco mais.
Não prender a respiração debaixo d'água.
Pois toda vez que puxar oxigênio,
pode mergulhar um pouco mais.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
de pé.
Muito poético talvez pra ele,
tentou pensar em mais nada quando olhou pro sol.
Só no sol.
Mas olhava ao seu redor e percebia que -apenas uma questão de tempo-,
em segundos pensaria sobre o lugar em que sentava,
até onde se estendia,
e quando chegaria a outra pessoa.
E afinal, qual era a novidade que havia nisso?
Em algum ponto nos ligamos a alguém.
Nos perdemos,
nós procuramos,
nos viramos por alguém.
E talvez fosse ali, o exemplo mais puro e simples de humanidade que precisava achar.
Ou chegar.
Era só levantar,
para procurar até onde seu chão acabava.
tentou pensar em mais nada quando olhou pro sol.
Só no sol.
Mas olhava ao seu redor e percebia que -apenas uma questão de tempo-,
em segundos pensaria sobre o lugar em que sentava,
até onde se estendia,
e quando chegaria a outra pessoa.
E afinal, qual era a novidade que havia nisso?
Em algum ponto nos ligamos a alguém.
Nos perdemos,
nós procuramos,
nos viramos por alguém.
E talvez fosse ali, o exemplo mais puro e simples de humanidade que precisava achar.
Ou chegar.
Era só levantar,
para procurar até onde seu chão acabava.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
retrato.
Viveu como se fosse real.
Teve como se fosse dono.
Lamentou para ouvir um perdão.
E sentiu como quem afasta o tempo.
Sabia porém, que no mais tardar seria resolvido,
-e era com angústia que pensava isso-
que aquilo não adiantaria nada.
O mundo giraria, e em alguma hora aquilo pararia no mesmo lugar.
Como um ciclo.
Um círculo.
Um vício.
E pra que esquentar a cabeça?
O resto já sabia de cor mesmo...
...Melhor deixar escurecer o pó, a esperança, o início.
Quem sabe assim depois não reconheça.
("É senhora... A força só vem, quando lhe convém.")
E continuou a viver.
Olhando sempre que lembrasse,
o mesmo quadro,
e pedindo sempre que sentisse,
o desenho que havia nele.
Teve como se fosse dono.
Lamentou para ouvir um perdão.
E sentiu como quem afasta o tempo.
Sabia porém, que no mais tardar seria resolvido,
-e era com angústia que pensava isso-
que aquilo não adiantaria nada.
O mundo giraria, e em alguma hora aquilo pararia no mesmo lugar.
Como um ciclo.
Um círculo.
Um vício.
E pra que esquentar a cabeça?
O resto já sabia de cor mesmo...
...Melhor deixar escurecer o pó, a esperança, o início.
Quem sabe assim depois não reconheça.
("É senhora... A força só vem, quando lhe convém.")
E continuou a viver.
Olhando sempre que lembrasse,
o mesmo quadro,
e pedindo sempre que sentisse,
o desenho que havia nele.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
clique.
Nada mais, nada menos,
do que sou,
que já fui,
pretendo enfim ter o descomplicado.
Livrai-nos do peso que a cabeça criou,
das idéias erradas que a tecnologia mediu,
dos medos tão curtos que o tempo aumentou,
e da vida criada que o conforto seguiu.
Melhor seria, assim.
Sem fim, sem meio, sem nada.
Apenas viver de uma proposta errada,
seria apenas viver o que não é real.
Querer a mentira,
perder-se(te) no coração,
é ainda achar que o dia um dia termine.
Sem saber que assim,
nessa doce ilusão,
o que faz a ti mesmo é quase um crime.
Liberte-se por mim,
para mim, por você,
seja assim, sua só caminhada.
Que essa compreensão,
me fez entender,
o quão é bom perde-te(se) nesta nova estrada.
do que sou,
que já fui,
pretendo enfim ter o descomplicado.
Livrai-nos do peso que a cabeça criou,
das idéias erradas que a tecnologia mediu,
dos medos tão curtos que o tempo aumentou,
e da vida criada que o conforto seguiu.
Melhor seria, assim.
Sem fim, sem meio, sem nada.
Apenas viver de uma proposta errada,
seria apenas viver o que não é real.
Querer a mentira,
perder-se(te) no coração,
é ainda achar que o dia um dia termine.
Sem saber que assim,
nessa doce ilusão,
o que faz a ti mesmo é quase um crime.
Liberte-se por mim,
para mim, por você,
seja assim, sua só caminhada.
Que essa compreensão,
me fez entender,
o quão é bom perde-te(se) nesta nova estrada.
domingo, 5 de julho de 2009
Dunno
Não sei.
Mas sei que assim,
while the world is just turning and turning,
and keep going to somewhere,
my only reason to keep avoiding,
é saber de cor o fim;
Sei não,
Mas assim que souber,
why the world keep turning and turning,
and just going to nowhere,
the only reason to keep forgeting,
é saber o fim qualquer.
Mas sei que assim,
while the world is just turning and turning,
and keep going to somewhere,
my only reason to keep avoiding,
é saber de cor o fim;
Sei não,
Mas assim que souber,
why the world keep turning and turning,
and just going to nowhere,
the only reason to keep forgeting,
é saber o fim qualquer.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
tão; tão
Tão longe, longe,
desfez-se no meu canto,
qualquer sombra de pranto,
que possa vir a me pegar.
Tão leve, leve,
a brisa que me levou,
levou também o meu cabelo,
quando olhava para trás.
Me pese, pese,
os pesares dos meus amores,
que ensaiando as minhas dores,
acabei por decorar.
E agora é hora,
viver para ter tempo,
saber deixar querendo,
adormecer, o que sonhou.
desfez-se no meu canto,
qualquer sombra de pranto,
que possa vir a me pegar.
Tão leve, leve,
a brisa que me levou,
levou também o meu cabelo,
quando olhava para trás.
Me pese, pese,
os pesares dos meus amores,
que ensaiando as minhas dores,
acabei por decorar.
E agora é hora,
viver para ter tempo,
saber deixar querendo,
adormecer, o que sonhou.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Quid pro quo
Acho um absurdo o coração ser ligado a cabeça.
Ele bate apesar de não conseguir senti-lo nunca;
E continua batendo apesar de sentir demais.
Ele bate apesar de não conseguir senti-lo nunca;
E continua batendo apesar de sentir demais.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
eu quero um sunday.
Se nessa vida tudo passa,
passa tudo devagar.
É a lentidão,
abandonada no suspiro,
na pisada mais pesada,
depois de disparado o tiro.
Minha vida agora,
tem como dona a minha história,
de derrota, luta e glória,
que atrasada, não chegou.
E tal qual que seja a sorte,
pois ao que é dado não se olha,
penso que venha então a morte,
já que minha dúvida despencou.
Peço que pense com afeto,
no fechar dessa sua porta,
que deixado um vão aberto,
entra a luz que não quer mais.
Ou então deixe trancado,
o coração despatelado,
ansiando a receita,
daquela tão querida paz.
passa tudo devagar.
É a lentidão,
abandonada no suspiro,
na pisada mais pesada,
depois de disparado o tiro.
Minha vida agora,
tem como dona a minha história,
de derrota, luta e glória,
que atrasada, não chegou.
E tal qual que seja a sorte,
pois ao que é dado não se olha,
penso que venha então a morte,
já que minha dúvida despencou.
Peço que pense com afeto,
no fechar dessa sua porta,
que deixado um vão aberto,
entra a luz que não quer mais.
Ou então deixe trancado,
o coração despatelado,
ansiando a receita,
daquela tão querida paz.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Caminho ao sono
Se me dizes que é pela vida bem vivida que você ama,
e pelo dia tão corrido que você deita na cama,
peço que pares de pensar aonde a realidade se encarrega,
e comece a achar que é pelo sonho que se entrega.
-
Se me pedir para que eu diga alguma coisa sobre a vida, eu falo.
Se me falar que quer saber alguma coisa sobre a morte, eu tento.
Mas se me tentares a pronunciar qualquer coisa sobre o amor...
Sinto muito.
-
Hoje acordei como quem prepara-se para deitar: com muito a pensar, e pouco a dizer.
-
DEUS!
Tudo o que peço é uma cama.
Me arrume uma,
os detalhes resolvemos depois.
-
Está vendo esses olhos abertos?
Eles não estão aí.
-
Meio aberto,
meio fechado...
Minhas piscadas cada vez duram mais.
e pelo dia tão corrido que você deita na cama,
peço que pares de pensar aonde a realidade se encarrega,
e comece a achar que é pelo sonho que se entrega.
-
Se me pedir para que eu diga alguma coisa sobre a vida, eu falo.
Se me falar que quer saber alguma coisa sobre a morte, eu tento.
Mas se me tentares a pronunciar qualquer coisa sobre o amor...
Sinto muito.
-
Hoje acordei como quem prepara-se para deitar: com muito a pensar, e pouco a dizer.
-
DEUS!
Tudo o que peço é uma cama.
Me arrume uma,
os detalhes resolvemos depois.
-
Está vendo esses olhos abertos?
Eles não estão aí.
-
Meio aberto,
meio fechado...
Minhas piscadas cada vez duram mais.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
atento desatento
Por mais que a alma sempre gire.
por mais que sempre apareça,
sinto por tal a mesma coisa,
visão dos pés até a cabeça.
Finjo querer apenas o som,
finjo a mim que é nada mais,
soube porém a não tanto tempo,
que assim também finjo minha paz.
Pra que calar tão forte o peito,
se depois volta maior,
essa mania de respeito,
querendo o próprio sempre melhor.
É por achar que a si mesmo,
temos o tempo que for preciso,
e para os outros nunca é hora.
É antes, depois e agora.
por mais que sempre apareça,
sinto por tal a mesma coisa,
visão dos pés até a cabeça.
Finjo querer apenas o som,
finjo a mim que é nada mais,
soube porém a não tanto tempo,
que assim também finjo minha paz.
Pra que calar tão forte o peito,
se depois volta maior,
essa mania de respeito,
querendo o próprio sempre melhor.
É por achar que a si mesmo,
temos o tempo que for preciso,
e para os outros nunca é hora.
É antes, depois e agora.
terça-feira, 12 de maio de 2009
180º
Pra lá da onde pode avistar,
o horizonte se estende,
como só mais uma brincadeira que não tem hora pra acabar.
Você pode andar, e ele não vai chegar.
Você pode se esconder, e ele sempre estará lá.
Então pra que tanto esforço?
Deixa.
o horizonte se estende,
como só mais uma brincadeira que não tem hora pra acabar.
Você pode andar, e ele não vai chegar.
Você pode se esconder, e ele sempre estará lá.
Então pra que tanto esforço?
Deixa.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
nº4.-cd1.
Nessas preces acumuladas,
no meu todo novo dia,
cego metade dos meus olhos,
pra confundir meu coração.
Seja está tal ação,
que belisca minha alma,
escondida no momento,
e esquecida pelo tempo.
Quero pensar que é normal,
pra não mais me sentir mal,
pois por mais vezes não sei mais,
ranjo os meus dentes pra calar.
Pra depois então mais tarde,
suspirar o respiro fundo,
pensar no que vale a pena o mundo,
minha rotina reinventar.
no meu todo novo dia,
cego metade dos meus olhos,
pra confundir meu coração.
Seja está tal ação,
que belisca minha alma,
escondida no momento,
e esquecida pelo tempo.
Quero pensar que é normal,
pra não mais me sentir mal,
pois por mais vezes não sei mais,
ranjo os meus dentes pra calar.
Pra depois então mais tarde,
suspirar o respiro fundo,
pensar no que vale a pena o mundo,
minha rotina reinventar.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Declaração.
Achamos que é tão difícil falar,
e mover os lábios é necessário esforço.
As frases que antes pareciam pequenas,
se fazem gigantes com o passar do ponteiro.
Um contorno por si só,
faz do olho mais que ele,
faz das lágrimas mais que água,
e do choro alegria.
E entre tantas bocas e sorrisos,
Olhares e castigos;
Que mal faz uma palavra sincera?
Segredos servem para serem contados.
e mover os lábios é necessário esforço.
As frases que antes pareciam pequenas,
se fazem gigantes com o passar do ponteiro.
Um contorno por si só,
faz do olho mais que ele,
faz das lágrimas mais que água,
e do choro alegria.
E entre tantas bocas e sorrisos,
Olhares e castigos;
Que mal faz uma palavra sincera?
Segredos servem para serem contados.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
A flor.
Como aquela flor ali na árvore.
De que adianta só um galhinho ?
De que adianta ser tão leve?
Pode ser que flutue,
pode ser que parada ali fique por tanto tempo que nem contar mais nos dedos interessa,
mas no fim das contas,
ela vai cair.
Vai ficar ali até algo mais.
Até olhar como quem vê algo novo,
escutar como quem ouve uma curiosidade,
desistir como quem vê outra oportunidade,
pensar como quem pensa novamente.
E vai perceber,
que o chão é duro.
Mas não demais.
De que adianta só um galhinho ?
De que adianta ser tão leve?
Pode ser que flutue,
pode ser que parada ali fique por tanto tempo que nem contar mais nos dedos interessa,
mas no fim das contas,
ela vai cair.
Vai ficar ali até algo mais.
Até olhar como quem vê algo novo,
escutar como quem ouve uma curiosidade,
desistir como quem vê outra oportunidade,
pensar como quem pensa novamente.
E vai perceber,
que o chão é duro.
Mas não demais.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
tamborzinho
sabe o que eu acho mais legal do nosso coração ?
é que ele sente o que a cabeça pensa.
como pode né?
é só um músculo.
e músculo lá vai sentir tristeza, alegria, raiva ...?
sei não.mas acho que a gente veio com defeito.
terça-feira, 21 de abril de 2009
...Ou talvez não.
É o tempo perdido que nunca mais volta,
que faz tudo assim um mistério tão grande.
Vivi porque sei que se não for assim,
será demais conviver com tanta pouca coisa,
ter que não pensar em mais nada,
agir enganada,
olhar como quem não quer mais.
Movi porque soube que agir talvez fosse,
a melhor maneira de não se arrepender,
em deixar a maneira de fluir livremente,
ser forçada a correr.
Mais uma vez.
Corri porque quis que a espera morresse,
mas esperei como se fosse pra sempre;
pra depois bem menos tarde entender,
que tudo simplesmente não é.
Sofri por entender que alguém tem de fazê-lo,
e fiz porque não vejo mal nisso,
em corar o que é branco,
sorrir o que é triste,
ver o que é bom em tudo que existe...
que faz tudo assim um mistério tão grande.
Vivi porque sei que se não for assim,
será demais conviver com tanta pouca coisa,
ter que não pensar em mais nada,
agir enganada,
olhar como quem não quer mais.
Movi porque soube que agir talvez fosse,
a melhor maneira de não se arrepender,
em deixar a maneira de fluir livremente,
ser forçada a correr.
Mais uma vez.
Corri porque quis que a espera morresse,
mas esperei como se fosse pra sempre;
pra depois bem menos tarde entender,
que tudo simplesmente não é.
Sofri por entender que alguém tem de fazê-lo,
e fiz porque não vejo mal nisso,
em corar o que é branco,
sorrir o que é triste,
ver o que é bom em tudo que existe...
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Melhor não.
Os passos nunca se repetem,
e a cada um que era dado o futuro mudava para,
no final das contas, o mesmo destino.
Queria que o vento às vezes decidisse sua direção,
para um dia ventar ao seu encontro,
e assim todos seus passos poderiam imaginar- à vontade -o caminho mais atrativo.
Será que o sol estava claro o bastante?
Ou claro demais?
Seria pensar demais, um simples olhar?
Se houvessem mais alguns, tudo ficaria melhor de decidir e mais complicado de viver.
Não que toda complicação fosse ruim...
Mas complicado mesmo já tornava ao simples pensar,
cessando qualquer possibilidade de acontecer igual.
Pegadinha de Alguém, melhor fugir,
e decidir já era algo.
Melhor parar enquanto tempo.
Melhor parar enquanto a rua não vira.
e a cada um que era dado o futuro mudava para,
no final das contas, o mesmo destino.
Queria que o vento às vezes decidisse sua direção,
para um dia ventar ao seu encontro,
e assim todos seus passos poderiam imaginar- à vontade -o caminho mais atrativo.
Será que o sol estava claro o bastante?
Ou claro demais?
Seria pensar demais, um simples olhar?
Se houvessem mais alguns, tudo ficaria melhor de decidir e mais complicado de viver.
Não que toda complicação fosse ruim...
Mas complicado mesmo já tornava ao simples pensar,
cessando qualquer possibilidade de acontecer igual.
Pegadinha de Alguém, melhor fugir,
e decidir já era algo.
Melhor parar enquanto tempo.
Melhor parar enquanto a rua não vira.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
curupira.
Chama o meu nome,
e já sabe a tanto tempo que decorar todos os sons do alfabeto seria brincadeira.
Os raios,
por mais que escorregassem sentiam que a pele esperava um pouco mais...De luz,
calor, e atenção. Carinho tanto faz, se souber andar com os próprios pés.
Sendo mais que equilibrista,
e menos que o bêbado,
andando em qualquer chão ou sentimento,
apenas procurando pelo palpável, mas inseguro.
Sabe disso,
e demora.
Pois se desliza pelo cabelo,
todos os dedos de uma só vez,
é por achar que ali mesmo é o aconchego que merece.
e já sabe a tanto tempo que decorar todos os sons do alfabeto seria brincadeira.
Os raios,
por mais que escorregassem sentiam que a pele esperava um pouco mais...De luz,
calor, e atenção. Carinho tanto faz, se souber andar com os próprios pés.
Sendo mais que equilibrista,
e menos que o bêbado,
andando em qualquer chão ou sentimento,
apenas procurando pelo palpável, mas inseguro.
Sabe disso,
e demora.
Pois se desliza pelo cabelo,
todos os dedos de uma só vez,
é por achar que ali mesmo é o aconchego que merece.
sábado, 14 de março de 2009
Nada.
Nada, tão concreto quanto o tudo,
tão ouvinte quanto o surdo,
mais falante que o mudo,
quando não sobra o que dizer.
Peço a todos que cultivem o nada,
pois na falta de palavra,
pra que não usem a errada,
isso é o melhor a se escolher.
Deixo que discordem do silêncio,
dele que é um vazio imenso,
e em sua falta é tão intenso,
que mal consegue respirar.
Mas aviso logo agora,que o que peço,
e palavras é o que não meço,
que ao tornar o silêncio cesso,
vai torcer para voltar.
Penso que apesar de tudo, falar nada e prosseguir, pode ser talvez mais forte, que do topo vir a cair.Então, cultivo o meu silêncio, removo-me o que é tenso, escolho o mais imenso, dos dons, que é ouvir.
tão ouvinte quanto o surdo,
mais falante que o mudo,
quando não sobra o que dizer.
Peço a todos que cultivem o nada,
pois na falta de palavra,
pra que não usem a errada,
isso é o melhor a se escolher.
Deixo que discordem do silêncio,
dele que é um vazio imenso,
e em sua falta é tão intenso,
que mal consegue respirar.
Mas aviso logo agora,que o que peço,
e palavras é o que não meço,
que ao tornar o silêncio cesso,
vai torcer para voltar.
Penso que apesar de tudo, falar nada e prosseguir, pode ser talvez mais forte, que do topo vir a cair.Então, cultivo o meu silêncio, removo-me o que é tenso, escolho o mais imenso, dos dons, que é ouvir.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Propaganda.
Hoje eu decidi,
que não vou mais existir.
Por hoje e só, talvez amanhã, quem sabe outro dia,
outra hora,
outro momento qualquer.
Existir está tão complicado,
e querer é tão pouco poder,
que quem fez esse ditado provavelmente não existia.
E possivelmente gostava da sua condição.
Então pensei cá com os meus botões,
que cada dia mais pessoal isso aqui fica,
porque talvez eu exista demais,
e quem liga pra isso, senão eu ?
E caso eu seja assim,
neutra pro mundo,
pra todos,
e mais ninguém,
possa fazer algo
que inclua a fundo,
quem quiser e mais alguém.
Vou, como disse bem antes,
falar sobre tudo que bem entender,
ou não entender,
porque afinal, do que realmente sei?
Não quero certeza,
não quero a dúvida,
sugiro apenas a parcialidade,
e é você,
quem vai escolher
o que pensa,
que sente,
e o que lê.
Mas leia.
Nem se for pelo mais simples motivo de sentir-se contrariado.
que não vou mais existir.
Por hoje e só, talvez amanhã, quem sabe outro dia,
outra hora,
outro momento qualquer.
Existir está tão complicado,
e querer é tão pouco poder,
que quem fez esse ditado provavelmente não existia.
E possivelmente gostava da sua condição.
Então pensei cá com os meus botões,
que cada dia mais pessoal isso aqui fica,
porque talvez eu exista demais,
e quem liga pra isso, senão eu ?
E caso eu seja assim,
neutra pro mundo,
pra todos,
e mais ninguém,
possa fazer algo
que inclua a fundo,
quem quiser e mais alguém.
Vou, como disse bem antes,
falar sobre tudo que bem entender,
ou não entender,
porque afinal, do que realmente sei?
Não quero certeza,
não quero a dúvida,
sugiro apenas a parcialidade,
e é você,
quem vai escolher
o que pensa,
que sente,
e o que lê.
Mas leia.
Nem se for pelo mais simples motivo de sentir-se contrariado.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Tudo passa.
Pensando aqui agora,
no que a gente considera descanso,
reconsidero então que não sei descansar.
A gente vôa,
corre,
respira por três segundos e continua.
Talvez porque a gente realmente não tenha tempo,
mas pela maioria das vezes, prefiro imaginar que desaprendemos a senti-lo.
Porque afinal, passa tão rápido,
e escorre pelas mãos,
que o tempo nem mesmo avisa que já foi embora.
Só passou.
E quando queremos ele de volta...
Não, não dá pra voltar.
Quem sabe daqui uma próxima...vida?
E se você estiver na sua próxima vida?
E se...
e se...
Ah,
melhor nem cansar a cabeça com isso,
já que no final das contas...
tudo isso,
Vai passar.
no que a gente considera descanso,
reconsidero então que não sei descansar.
A gente vôa,
corre,
respira por três segundos e continua.
Talvez porque a gente realmente não tenha tempo,
mas pela maioria das vezes, prefiro imaginar que desaprendemos a senti-lo.
Porque afinal, passa tão rápido,
e escorre pelas mãos,
que o tempo nem mesmo avisa que já foi embora.
Só passou.
E quando queremos ele de volta...
Não, não dá pra voltar.
Quem sabe daqui uma próxima...vida?
E se você estiver na sua próxima vida?
E se...
e se...
Ah,
melhor nem cansar a cabeça com isso,
já que no final das contas...
tudo isso,
Vai passar.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Eu queria fazer uma metáfora sobre as flores.
E na minha cabeça já estava tudo planejado.
Primeiro, eu falaria que flores de plástico nunca morrem.
Mas também nunca vivem.
Depois, que flores vivas nunca duram pra sempre,
mas enquanto duram, são eternas.
Aí eu levantaria um ponto, em que flores de plástico podem até chegar a parecer verdadeiras, mas nunca serão.
E depois, lembrando o mesmo ponto, falaria das flores vivas, que são reais, não importa o tempo que dure.
E acaba.
Porque eu começo a ver tão pouco de flor,
e tanto da minha pessoa dentro delas que estraga tudo.
E até queria misturá-las,
pra surgir algo perfeito,
mas é tanto tempo pra brotar,
e tanta pétala,
e tanto orvalho...
Que só a terra pra me dizer,
se mais tarde ela nasce.
E a Terra pra rodar,
a fim de que o tempo, mais uma vez, passe.
E na minha cabeça já estava tudo planejado.
Primeiro, eu falaria que flores de plástico nunca morrem.
Mas também nunca vivem.
Depois, que flores vivas nunca duram pra sempre,
mas enquanto duram, são eternas.
Aí eu levantaria um ponto, em que flores de plástico podem até chegar a parecer verdadeiras, mas nunca serão.
E depois, lembrando o mesmo ponto, falaria das flores vivas, que são reais, não importa o tempo que dure.
E acaba.
Porque eu começo a ver tão pouco de flor,
e tanto da minha pessoa dentro delas que estraga tudo.
E até queria misturá-las,
pra surgir algo perfeito,
mas é tanto tempo pra brotar,
e tanta pétala,
e tanto orvalho...
Que só a terra pra me dizer,
se mais tarde ela nasce.
E a Terra pra rodar,
a fim de que o tempo, mais uma vez, passe.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Breve.
Um pequeno discurso de poucas palavras mas verdadeiras,
durará muito mais que aquelas enroladas em suas próprias letras.
Ficará no ouvido,
até algo melhor substituir.
Ficará na cabeça,
até em pedaços se dividir...
E quebrar,
entender,
cavucar sem temer
em achar o que se fez de errado.
Sem se sentir mal amado,
entenda por fim,
que o enfim acenou,
dali do outro lado.
E com um ótimo cartaz.
Breve.
Curto.
Pequeno.
Mas ótimo.
durará muito mais que aquelas enroladas em suas próprias letras.
Ficará no ouvido,
até algo melhor substituir.
Ficará na cabeça,
até em pedaços se dividir...
E quebrar,
entender,
cavucar sem temer
em achar o que se fez de errado.
Sem se sentir mal amado,
entenda por fim,
que o enfim acenou,
dali do outro lado.
E com um ótimo cartaz.
Breve.
Curto.
Pequeno.
Mas ótimo.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Take your sad song, and make it better.
Esse brilho que já brilhou,
essa cor que já foi mais forte,
essa expressão que pudera não ter linhas como antes.
O passo encurtou,
A experiência não.
Aumenta,
pra depois acabar.
Mas se acabar, tudo bem!
Valeu, não valeu ?
Não sabemos pra onde vamos depois daqui,
mas se correu tudo bem, então vamos !
E nada com que se arrepender, ou sofrer.
Porque nada vai ser pra sempre, se você não o é.
Os anos passarão,
e os álbuns, as fotos, os textos e cartas ficarão.
A vida nos olhos de cada,
será diferente ao olhar a palavra.
E tudo fará sentido quando os seus netos olharem, e simples ficará.
A gente complica,
Mas faz parte.
Então o que penso é que,
me envelheça,
Mas me deixe todos que já foram pra muitos mas, pra mim aqui permanecem.
essa cor que já foi mais forte,
essa expressão que pudera não ter linhas como antes.
O passo encurtou,
A experiência não.
Aumenta,
pra depois acabar.
Mas se acabar, tudo bem!
Valeu, não valeu ?
Não sabemos pra onde vamos depois daqui,
mas se correu tudo bem, então vamos !
E nada com que se arrepender, ou sofrer.
Porque nada vai ser pra sempre, se você não o é.
Os anos passarão,
e os álbuns, as fotos, os textos e cartas ficarão.
A vida nos olhos de cada,
será diferente ao olhar a palavra.
E tudo fará sentido quando os seus netos olharem, e simples ficará.
A gente complica,
Mas faz parte.
Então o que penso é que,
me envelheça,
Mas me deixe todos que já foram pra muitos mas, pra mim aqui permanecem.
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