Era o dia bem vivido,
e a noite bem dormida,
que faziam toda diferença quando voltava pra cama.
Queria entender a diferença,
entre poder simplesmente voltar algum dia,
para lugar nenhum,
ou não sair deste quando o despertador tocasse.
Sentia que fugir não faria sentido,
já que todos os dias chovem ao seu redor.
(Já que todos os dias chovem ao seu redor,
e nunca há telhados suficientes).
Contava então nos dedos,
o momento do qual começaria um novo sol.
O momento em que o relógio começaria de novo,
ou que pararia uma pouco de correr.
E assim quem sabe, deixaria de ligar para nuvem que ameaçava lá fora,
ou pro pingo de chuva que já aprontava a cair.
Deixe que chova,
em tempo aberto.
Secar mesmo,
é fato.
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