quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Eu queria fazer uma metáfora sobre as flores.
E na minha cabeça já estava tudo planejado.

Primeiro, eu falaria que flores de plástico nunca morrem.
Mas também nunca vivem.
Depois, que flores vivas nunca duram pra sempre,
mas enquanto duram, são eternas.
Aí eu levantaria um ponto, em que flores de plástico podem até chegar a parecer verdadeiras, mas nunca serão.
E depois, lembrando o mesmo ponto, falaria das flores vivas, que são reais, não importa o tempo que dure.

E acaba.
Porque eu começo a ver tão pouco de flor,
e tanto da minha pessoa dentro delas que estraga tudo.
E até queria misturá-las,
pra surgir algo perfeito,
mas é tanto tempo pra brotar,
e tanta pétala,
e tanto orvalho...

Que só a terra pra me dizer,
se mais tarde ela nasce.
E a Terra pra rodar,
a fim de que o tempo, mais uma vez, passe.


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