sexta-feira, 28 de agosto de 2009

prefácio

Leu a última frase da página e fechou o livro como quem não aguentaria ler mais.
Sabia porém, que voltaria àquele livro,
alguma hora,
alguma vez,
algum dia.
E o próximo capítulo estava lá,
aguardando ansiosamente para ser lido,
e quem sabe causar-lhe uma melhor impressão.
Mas não, não agora.
Só no outro dia.
Só em outra hora.
E mesmo que dado o nó na linha,
a última frase ainda se estendia,
pedindo por alguém que a entendesse,
quase que querendo se criar sozinha.
E por mais que relutassem,
se criava.
Hora após hora.
Minuto após minuto.
Esquecendo o começo chegando ao final,
e cada momento, ficando mais curto.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

paixão sem fim :)

levado pelo moinho,era como se fosse só uma folha,
que voando enquanto o vento ainda tinha seu valor,
perpassasse os olhos por cima achando tudo aquilo muito estranho.
mas vivia assim,
tomada pela alegria acometida no momento,
sabendo que iria acabar.
e se ia mesmo,
dava entrada pra outra...
e é assim que deve ser:
felicidade sempre que preciso.sempre que possível.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

o deque.

São os minutos que passam,
na desilusão da minha dança,
que tão empilhados de silêncio,
me forçam as palavras que vêm a mais.

Recusam-se a chegar na hora,
pois sinto as letras tão carregadas,
ao esperar do lápis, escorregadas,
e do ponto preto, construo o cais.

Sofro assim, sem ter paradas,
só por esperar tua perfeição,
a que vem com o passar do tempo,
e a que vai embora com a razão.

Pois então, tenho meu momento,
de concluir o que não há,
nem porque,
nem quando,
nem onde,
definir a nós, o que será.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

swim with me

Sabe o que seria um desperdício?
Não prender a respiração debaixo d'água.
Pois toda vez que puxar oxigênio,
pode mergulhar um pouco mais.






terça-feira, 11 de agosto de 2009

16-05-09

Pequei como quem pecaria novamente;
Só para ter no que flutuar mais tarde.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

de pé.

Muito poético talvez pra ele,
tentou pensar em mais nada quando olhou pro sol.
Só no sol.
Mas olhava ao seu redor e percebia que -apenas uma questão de tempo-,
em segundos pensaria sobre o lugar em que sentava,
até onde se estendia,
e quando chegaria a outra pessoa.
E afinal, qual era a novidade que havia nisso?
Em algum ponto nos ligamos a alguém.
Nos perdemos,
nós procuramos,
nos viramos por alguém.
E talvez fosse ali, o exemplo mais puro e simples de humanidade que precisava achar.
Ou chegar.
Era só levantar,
para procurar até onde seu chão acabava.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Suspiro:

o respiro que passa pelo coração.