quinta-feira, 27 de novembro de 2008

mano velho.

Aiai.
Suspiros vão e vêm,
a vida passa e vai embora,
como ninguém mais,
traz.

Se soubesse o futuro, de certo não mudaria o passado,
mas se pudesse saber dele, com certeza o iludiria.Faria pensar que não é tempo, que posso ir e voltar quando quiser, e assim quem sabe, não precisaria de uma máquina fotográfica.
Estaria tudo guardado na mais completa realidade instantânea.

Queria saber porque todo esse mistério do tempo,
isso que faz a humanidade sofrer,
e penar,
e pensar,
e deixar,
pra trás, algo por segurança e até mesmo vaidade.
Viver o tempo,
É esquecer do morto, do amor, e da mordida do cachorro.
É lembrar da saudade, do outro, e do medo.
É saber que o tempo passa, e que passando corre, vôa, escorre pelos dedos sem chances de pegar.
Você não vai trazê-lo de volta.
Ninguém vai.
E se pudesse, talvez fosse um perigo.
Se protegendo de todas as dores, não querendo voltar ao antes pelo medo do depois.
Sente. Aprende.
Finge que é humano ao menos uma vez, e deixa de medo.Ouve o murmurar que lhe resta,
e aproveita porque o tempo passa.
Aproveite as pessoas.
As horas livres.
As cores, antes que todas misturadas virem, branco, luz.

Não deixe o que quer por resistência própria,
por divisão,
por sabedoria de que sabe tudo.
Ninguém sabe tudo.
Muito menos de si mesmo.
Daqui pra frente,
É só vivendo. E aprendendo.

sábado, 22 de novembro de 2008

mix.

A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar.Ficou difícil, tudo aquilo, nada disso. Sobrou meu velho vício de sonhar.
Esse papo seu tá pra lá de Teerã,repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado...E não cabe como rima de um poema, de tão pequeno.Paz, eu quero paz,e faço o melhor que sou capaz.Já me cansei de ser a última a saber desses nossos desencontros mas você passou do ponto e agora eu já não sei mais...Esqueça, as horas nunca andam para trás.Todo dia é dia de aprender um pouco do muito que a vida trás.
Se quer saber, deixa estar.Nesta estrada você esta na contramão,vem do lado oposto e vem sem gosto de viver, mas é preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.E a (tua) solidão (me dói), deixa estar.
Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão.É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão.Você me pergunta pela minha paixão digo que estou encantada com uma nova invenção.
Se você parar pra pensar, na verdade não há.
E às vezes o que eu vejo, quase ninguém vê, mas eu sei que você sabe quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você.






Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Depois que passar toda essa nuvem,
Todo escuro, essa negridão,
Espero que o vento empurre pra longe,
A tempestade em outra direção.

Se ela surgir desse copo d'água,
E crescer como quem não sabe parar,
Dou a tudo isso o nome da mágoa,
Que presa a tal boca não quer desabar.

Após tudo isso se o reflexo azul,
Do céu perdurando só limpo e vasto,
Não for como tantos planos sonhei,
Admito a mim mesma e do todo me afasto.

Mas se for pra prosseguir,
E assim sentir ser o mais certo,
Pára então tudo para minha alma,
Me faça o que for de longe mais esperto.


Vinícius e Tom, isso é vestibular.

Como se a gota de orvalho não tivesse caído na pétala de flor,
a felicidade passou, e nem avisou.

Tristeza não, talvez o estresse
Chegou como se tivesse
A tudo engolir.
E no quarto mais escuro,
No buraco mais fundo,
Amarrou todo o vento e pluma do mundo.

É quarta-feira,
O meio de tudo,
E até que mais dia passem,
Continuo, e me iludo.

Vejo as folhas em branco,
Meus lápis a espera,
E no céu da minha era,
Não tem nenhum santo.

Me canso da vida,
Que gasta, e me mata,
De tanto trabalho pra pouco descanso.
E nessas linhas traçadas,
Com tanta gente assim,
Me toma essa roda, e danço enfim.

E corro, tão rápido,
Como quem pede socorro,
Pois se não me apressar,
No passado é que morro.

E longe de tudo,
e todos -amém.
Sinto a leveza,
Da consciência de bem,
Consigo mesma,
Com coração, que já não pesa mais,
Pois de tudo perdoou,
Já que nada era demais.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Se eu pudesse.

Se puder,
perdoa?
De um jeito um tanto quanto abstrato, falarei a mim mesma, sendo talvez o único jeito de me libertar de tudo e tudo o mais.E talvez também, será o único jeito racional de me dirigir a mim mesma sem interferências de subjetivos.
Logo,
peço desculpa a tudo que venho lhe(me) incomodando mais, e cada vez mais.
Peço desculpas pelas filosofias, sem argumentos suficientes, como daqueles que me saem do pensamento,
Ou alma,
Ou coração.
Lembro também, que me perdoe pelo tanto de fatos reais, escondidos pelo simples desejo de viver a mentira em vão, ou não aceitar a realidade que vem.E que vai.
Queria imaginar que se fácil pode ser, um dia será.Desculpe pela simples inocência que me acometeu nesse momento.Imaginei demais.
Não sinto vontade nem da frieza tão boa e instantânea, que esconde, mas te mostra depois onde ficou.
Sinto vontade do nada,
Do vazio,
Da falta de tudo, que não sente falta de nada, pois nunca teve o todo.
Gostei, desgostei, lembrei, marquei, revelei, desatei,
Sorri, desisti.
E cansei.
Quero o macio para descansar, deitar minha cabeça e ao teto olhar.
E do sono profundo mais fora do mundo,
Quero sonhar, pra não mais acordar.

E por fim, e já tarde, peço desculpa a todos os textos, e frases, e palavras, jogadas na tela como se tudo tivessem que dizer.
Não há palavras suficientes.
E todos sabemos disso.