sexta-feira, 7 de outubro de 2011

chorar e temperar a comida

e chega realmente um dia que a gente percebe que a vida é,
apesar de tudo e por isso mesmo,
bonita.

que ela é,
assim como ela é,
mas não como a enxergamos.

e se formos analisar, um pouco melhor,
um pouco mais a fundo,
e um pouco mais pontualmente,
enxergaremos as costas de um desconhecido,
que é senão nós mesmos.


3 comentários:

Ócio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ócio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ócio disse...

É quando aquela ideia de que temos sobre nós mesmos começa a ruir e quando olhamos no espelho assim de relance e algum estalo vem e bate forte e nos faz voltar e olhar de novo pro espelho e uma coisa esquisita, um desconhecimento daquele corpo e uma desassociação das nossas ideias que nos fazem dar um passo a frente e olhar bem no olho, bem no fundo e isso dói. Como dói olhar no fundo dos nossos próprios olhos e perceber que somos passíveis de toda a mediocridade e inocência e ilusões de estar no aqui e agora da existência. E a mente é então tomada pela inquietude, e os roçar de dedos, bater de pés e ranger dos dentes em um ritmo sincopado à levadas da razão e ai BUM! Explode a paz e se tem de volta o brilho do olhar, o sorriso contagiante, a quietude dos nervos e a tal maturidade de olhar qualquer palpitação com o mesmo amor que se dá às euforias.