terça-feira, 19 de maio de 2009

Caminho ao sono

Se me dizes que é pela vida bem vivida que você ama,
e pelo dia tão corrido que você deita na cama,
peço que pares de pensar aonde a realidade se encarrega,
e comece a achar que é pelo sonho que se entrega.
-
Se me pedir para que eu diga alguma coisa sobre a vida, eu falo.
Se me falar que quer saber alguma coisa sobre a morte, eu tento.
Mas se me tentares a pronunciar qualquer coisa sobre o amor...
Sinto muito.
-
Hoje acordei como quem prepara-se para deitar: com muito a pensar, e pouco a dizer.
-
DEUS!
Tudo o que peço é uma cama.
Me arrume uma,
os detalhes resolvemos depois.
-
Está vendo esses olhos abertos?
Eles não estão aí.
-
Meio aberto,
meio fechado...
Minhas piscadas cada vez duram mais.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

atento desatento

Por mais que a alma sempre gire.
por mais que sempre apareça,
sinto por tal a mesma coisa,
visão dos pés até a cabeça.

Finjo querer apenas o som,
finjo a mim que é nada mais,
soube porém a não tanto tempo,
que assim também finjo minha paz.

Pra que calar tão forte o peito,
se depois volta maior,
essa mania de respeito,
querendo o próprio sempre melhor.

É por achar que a si mesmo,
temos o tempo que for preciso,
e para os outros nunca é hora.
É antes, depois e agora.

terça-feira, 12 de maio de 2009

180º

Pra lá da onde pode avistar,
o horizonte se estende,
como só mais uma brincadeira que não tem hora pra acabar.

Você pode andar, e ele não vai chegar.
Você pode se esconder, e ele sempre estará lá.

Então pra que tanto esforço?
Deixa.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

nº4.-cd1.

Nessas preces acumuladas,
no meu todo novo dia,
cego metade dos meus olhos,
pra confundir meu coração.

Seja está tal ação,
que belisca minha alma,
escondida no momento,
e esquecida pelo tempo.

Quero pensar que é normal,
pra não mais me sentir mal,
pois por mais vezes não sei mais,
ranjo os meus dentes pra calar.

Pra depois então mais tarde,
suspirar o respiro fundo,
pensar no que vale a pena o mundo,
minha rotina reinventar.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Declaração.

Achamos que é tão difícil falar,
e mover os lábios é necessário esforço.
As frases que antes pareciam pequenas,
se fazem gigantes com o passar do ponteiro.

Um contorno por si só,
faz do olho mais que ele,
faz das lágrimas mais que água,
e do choro alegria.

E entre tantas bocas e sorrisos,
Olhares e castigos;
Que mal faz uma palavra sincera?

Segredos servem para serem contados.