sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Tudo passa.

Pensando aqui agora,
no que a gente considera descanso,
reconsidero então que não sei descansar.
A gente vôa,
corre,
respira por três segundos e continua.
Talvez porque a gente realmente não tenha tempo,
mas pela maioria das vezes, prefiro imaginar que desaprendemos a senti-lo.
Porque afinal, passa tão rápido,
e escorre pelas mãos,
que o tempo nem mesmo avisa que já foi embora.

Só passou.

E quando queremos ele de volta...
Não, não dá pra voltar.
Quem sabe daqui uma próxima...vida?
E se você estiver na sua próxima vida?
E se...
e se...
Ah,
melhor nem cansar a cabeça com isso,
já que no final das contas...
tudo isso,

Vai passar.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Eu queria fazer uma metáfora sobre as flores.
E na minha cabeça já estava tudo planejado.

Primeiro, eu falaria que flores de plástico nunca morrem.
Mas também nunca vivem.
Depois, que flores vivas nunca duram pra sempre,
mas enquanto duram, são eternas.
Aí eu levantaria um ponto, em que flores de plástico podem até chegar a parecer verdadeiras, mas nunca serão.
E depois, lembrando o mesmo ponto, falaria das flores vivas, que são reais, não importa o tempo que dure.

E acaba.
Porque eu começo a ver tão pouco de flor,
e tanto da minha pessoa dentro delas que estraga tudo.
E até queria misturá-las,
pra surgir algo perfeito,
mas é tanto tempo pra brotar,
e tanta pétala,
e tanto orvalho...

Que só a terra pra me dizer,
se mais tarde ela nasce.
E a Terra pra rodar,
a fim de que o tempo, mais uma vez, passe.


sábado, 10 de janeiro de 2009

Breve.

Um pequeno discurso de poucas palavras mas verdadeiras,
durará muito mais que aquelas enroladas em suas próprias letras.

Ficará no ouvido,
até algo melhor substituir.
Ficará na cabeça,
até em pedaços se dividir...
E quebrar,
entender,
cavucar sem temer
em achar o que se fez de errado.
Sem se sentir mal amado,
entenda por fim,
que o enfim acenou,
dali do outro lado.

E com um ótimo cartaz.
Breve.
Curto.
Pequeno.

Mas ótimo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Take your sad song, and make it better.

Esse brilho que já brilhou,
essa cor que já foi mais forte,
essa expressão que pudera não ter linhas como antes.
O passo encurtou,
A experiência não.
Aumenta,
pra depois acabar.
Mas se acabar, tudo bem!
Valeu, não valeu ?
Não sabemos pra onde vamos depois daqui,
mas se correu tudo bem, então vamos !
E nada com que se arrepender, ou sofrer.
Porque nada vai ser pra sempre, se você não o é.
Os anos passarão,
e os álbuns, as fotos, os textos e cartas ficarão.
A vida nos olhos de cada,
será diferente ao olhar a palavra.
E tudo fará sentido quando os seus netos olharem, e simples ficará.
A gente complica,
Mas faz parte.
Então o que penso é que,
me envelheça,
Mas me deixe todos que já foram pra muitos mas, pra mim aqui permanecem.