domingo, 7 de dezembro de 2008

Não canse disso.

O cansaço chegou, sem nem mesmo avisar, e tomou de surpresa as pessoas que ali estavam.
Aquela nuvem se recusava a sair do céu,
que antes, impunha o azul.
Negra como a confusão.
E clara como a certeza da dúvida.

Pesava mais do que podia se imaginar.Mais do que queria se imaginar.
Dentre seus formatos mais fáceis de olhar,
escondiam-se espinhos, rancores,
caminhos e amores.
Todos juntos,
fazendo parte de um só grupo,
e ao mesmo tempo, cada um por si.
Mas faziam parte.
Ainda assim.

Gozava da dúvida, que escondia cada medo.
Que enlaçava cada pedaço de gente,
mas sempre chegava no coração.
E este batia cada mais rápido,
a fim de acompanhar,
todas mudanças e correrias da eterna insatisfação.

De nua não tinha,
nem crua era ela.
A verdade então só cansava daquilo.
Do passar de bolas,
que aquele ciclo cismava,
em continuar,
na tal corrida da vida.
E que vida era aquela?
E que vida é bela?
Que só vejo querer, sem nem mesmo prestar,
alguma artimanha,
algum testamento,
que depois de tudo, a paz vai reinar?

Então, como se não coubesse mais,
na mais negra de todas,
a verdade quis ir.
Pra desse rumo usar,
todo o seu desaforo
pros mais sinceros olhos,
provarem seu choro,
que alcança o estômago,
e tira a vida das pernas,
que por mais que sejam duas,
não serão sempre eternas...

Mas isso é bom.
Porque afasta aquilo que tinha de errado.
E traz de novo,
a virtude, o passado.
E pensar que agora será diferente,
Só te traz a esperança.
Que lhe faz sempre gente.


Um comentário:

Anônimo disse...

esse eu ainda não sei.. vou ler de novo em um outro momento..