terça-feira, 29 de julho de 2008

"Dali da beira, uma palavra cai no chão, caixão dessa maneira."

Só vim aqui pra falar que não quero ser enterrada.
Não ligo a mínima para o que minha religião diz.Para começo de conversa, eu nem sou religiosa, logo, isso é só um mero detalhe dentre os mais importantes.
Quero também deixar bem claro aqui, que não tenho claustrofobia, mas ficar dentro de um caixão...Nem morta.Mesmo.
Sei que hoje em dia há muitos métodos para saber se você está realmente morta ou não, mas simplesmente pensar que posso acordar no escuro e sem ar, não é legal.
E outra, detesto o escuro.
Não o escuro em que todos os gatos são pardos, mas sim aquele absoluto.
Gastar madeira pra caixão não é uma opção também muito viável.E muito menos ficar empilhada em outra pessoa.Ou outra pessoa ser empilhada em mim.Não tem paz nisso, tem ?
E penso eu, que todos nós por algum motivo, acabamos morrendo sozinhos.Quero que, sendo assim, que então não me deixe mais isolada dentro de uma caixa;Não me vista com roupas que com o passar do tempo parecerão trapos;E não transforme o meu corpo já morto, em mais uma série de lucros para uma série de empresas.
Me liberte do material,
Me livre das minhocas,
Me creme, me jogue no mar

E os peixinhos, que se entendam.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Agora eu era....

"...O rei , era o bedel, era também juiz,
e pela minha lei
a gente era obrigado a ser feliz"

Todo mundo feliz.
Isso seria um tanto quanto chato, sem querer ser egoísta.
Lágrimas seriam um mistério,
Diferente era ser sério,
E o que seria do artista?
O drama, a dor e a imperfeição,
De todas restando apenas o escombro,
Não haveria conversa de ombro,
pois não mais teriam problemas de coração.
Felicidade seria comum,
Lenços não venderiam nenhum,
Sapatos de salto não existiriam até,
Porque ninguem é feliz com aquilo no pé.
Momentos felizes não seriam legais,
Pois de fato não seriam nada demais,
Apenas mais um dia, com um fim normal,
Sem o alívio, fundamental.

E aí eu termino o poeminha que não sei da onde surgiu.
E vocês dizem : Credo, que pessimista.
E calma, não vou virar e falar: Não, realista.
E sim: Talvez um pouco pessimista ali...Naquele trechinho.
É né.Não dá pra ser feliz o tempo todo, isso é o mesmo que assumir uma falsidade por meio período.
Você pode até ser aquela pessoa de bem com a vida,
e isso eu não duvido que existam muitas, mas felicidade é uma coisa muito complexa e simples ao mesmo tempo para se ter o tempo todo.

"felicidade, é como a gota de orvalho, numa pétala de flor.Brilha tranquila, deposi de leve oscila, e cai como uma lágrima de amor."

Sim.
Eu comecei, e terminei, com pedaços de música.
(não sei se foi feliz da minha parte.desculpas)

domingo, 20 de julho de 2008

Só mais uma carta que não será mandada.

Um dia me foi pedida uma carta argumentativa na sala de aula e que esta fosse direcionada ao presidente do meu país.O tema: violência.
Mas esqueceram de explicar, se alguém pode escrever em apenas um pedaço de papel, sobre a violência do Brasil...Tem jeito ?
Eu sei que não tem como incluir tudo.Não tem como incluir nem...puxa, nem vou por porcentagem.Erraria completamente, e isso seria uma violência contra os olhos de vocês.Mas de qualquer forma, ficar filosofando no meio daquela aula não me adiantaria nada e resolvi escrever, mesmo que no final tudo acabasse sendo generalizado.
Claro que na correção, foi tirado ponto por causa de duas rasuras, e a palavra 'você', que mesmo entre aspas e pertencendo a uma música de renome não teve perdão.Mas vem cá, o nosso presidente realmente perceberia erros de português como esse da minha carta?
Acho que não.Então vou passar pra cá a carta.Só pelo desejo de que ela não tenha sido feita em vão como mais uma forma de dar ponto aos alunos.
Então é isso.

Poços de Caldas, 16 de abril de 2008.

Exmo. Sr Presidente,
algo que vem incomodando constante e progressivamente a mim e meus pais(que não são os únicos deste país)vou relatar aqui: a violência.
Não são apenas relatos que escrevo nesta folha e sim um pedido de atenção para o que vem acontecendo com o passar dos anos.Sabendo que a violência pode ter sua origem por meio de duas diretrizes -necessidade e maldade- vou discutir sobre a primeira, que creio eu, está mais ao seu alcance de ser "resolvida".
"Eu sei e você sabe já que a vida quis assim", que o problema está relacionado com a educação, e separá-los seria incoerente de nossa parte, afinal, tema mais discutido que esse não tem.Portanto se temos a raiz desse infortúnio que aflige tanto as famílias de SEU país, por que não cortá-la?
Com todo respeito, mas o senhor já não conseguiu todos os votos que queria?Não seria agora, mais do que nunca, o momento apropriado para "tomar as rédeas" da situação?
Então, sem mais delongas, deixo bem claro que a razão de boa parte que chamamos de violência -e que já vem sendo banalizada- está na educação.Melhore-a e proteja o que toda pessoa tem direito de saber: escrever mais do que apenas o próprio nome,
S.L.