sábado, 27 de setembro de 2008

Já que o tédio me consome, resolvi que iria escrever aqui.
Não que isso sempre fique em segundo plano,
mas acabei vendo uma oportunidade pra tirar proveito dele.

É sábado.
Parece domingo, então, entende a gravidade?
Como se o domingo fosse algo quase que impronunciável, ninguém gosta de comparações assim.
Afinal, você poderia estar fazendo muito mais coisas interessantes, mas só sobram aquelas que, por ser domingo, acabam ficando chatas.
Mas hoje é sábado.
Então como isso faz sentido ?

Ah,
Parece domingo e pronto.
E isso tá um tédio.
E terá uma semana de vida.

domingo, 21 de setembro de 2008

aqui nesse texto complica-se

Sabe, nem sei sobre o que falar então vou falar aqui qualquer coisa, e quem quiser que se identifique.
Mas agora me perdi.
Vou falar sobre o tempo: ele está cinzento, chuvoso, fechado.Assim como esse texto, assim como algumas pessoas, assim como o que se passa dentro da cabeça de todo mundo em certas horas.
A minha não está assim, mas falando sobre isso, posso ver uma nuvem se formando.Penso mil coisas mas nenhuma realmente chega a uma conclusão, não sei se sou eu, ou o universo muito complicado.
Ele se complica,
e me complica.
E a vida se tornaria muito mais fácil se eu não estivesse discutindo algo que não existe exatamente.
O que eu estou discutindo afinal ? Nem sei.
Vou voltar pro tempo.
Ou não.Acho que aquele assunto já acabou.

Talvez devesse escrever sobre cartas aqui.
Porque ninguém mais escreve?Ou porque quando se fala em cartas, as pessoas acham isso uma coisa estranha a se fazer, como se fosse coisa do século passado ?
Pode ser até coisa do século passado(considerando que estamos no começo desse), mas na virada do século muita gente usava carta ainda.Então não é tããão absurdo assim vai !
Eu escrevo.Não tanto quanto eu gostaria, e provavelmente faz mais de meses que eu não escrevo, mas sou super a favor.Comprei até uma máquina em prol da originalidade!
Não máquina de cartas.
De escrever.
E ela tem a tecla de cruzeiro. Achei o máximo e admito.
Estar em contato com algo antigo que não faz parte de mim, pode ser que já tenha feito, mas ainda assim parece longe.Longinho.

E sabe o qué que eu tava pensando ?
Se cada um de nós tivesse um planeta pra criar,ou mesmo não criar,mas observar...Será que alguém perceberia o que fazemos com o nosso próprio?
Seria tipo um espelho,e o reflexo não agradaria ninguém.Pois se quem habitasse fosse parecido com o humano,veríamos o nosso próprio fim.
O fim triste e amargo.

Ou mesmo doce.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ahh título. hoje não vai.

Andou pela casa lentamente como se não tivesse nada a esperar no outro lado do corredor.
Aliás, sabia que não teria...Porque por mais que o futuro não fosse previsível, e o inédito sempre fosse inédito, dali podia relar a atmosfera parada com as mãos.
Numa terrível calmaria, num quase tédio-se não fossem as mil coisas que tinha que fazer-, sentou no braço do sofá.Quanto tempo poderia ficar observando a paisagem ? Não sabia mesmo.Mas só um pouco já lhe bastava para não ficar com peso na consciência de não dar valor a ela.Não era daquelas pessoas que apenas com o olhar passava o dia.Correspondência lhe parecia bom.
E o ipê deixou cair uma flor.
E o lago fez-se de inacabáveis ondas.
E nada mais aconteceu.

Era certo agora que com o tempo lento, alguma coisa iria acontecer.É sempre assim, quando menos se espera.Deve ser por isso que quando se tem muita expectativa a decepção vem fácil.Muito fácil.
Não que se decepcionasse por qualquer coisa.Mas é tão chato, não é?
Quem é ela pra vir sem sequer nos preparar?
Enfim.
Pegou mais uma vez, das tantas daquele dia, o controle remoto.E no momento que viu a falta de opções na infinitude de canais, soube que ali não era seu lugar.

Então decidiu,
ia pra onde tudo fosse possível,
ia pra onde o tédio não a alcançasse.
Saberia que seria eterno enquanto durasse,
E esperava que realmente parecesse assim.

Mas antes, deu dois passos pra trás,
endireitou-se,
olhou para a pessoa que aparecera de súbito atrás de si e disse:

"Tsáá véi.
Eu vou tirar uma soneca."






texto sujeito a exclusões.
mas só depois.
que agora eu vou dormir.